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Manejo das Árvores e Segurança

Uma breve olhada nas áreas gramadas do interior das quadras do Plano Piloto desmotiva qualquer interesse em ali promover uma atividade lúdica, folguedos infantis, juvenis ou mesmo um piquenique de vizinhos.

Algumas áreas sombreadas têm poucas mudas de grama por metro quadrado o que lhes dá o aspecto de terra nua. Outras têm espécies não esperadas, nascidas em decorrência de ali terem caído sementes por força do vento ou pela ação de aves e animais que as transportam.

O que mais incomoda é a sujeira e o pouco cuidado. Há um sem número de objetos ali lançados, pois as quadras não contam com lixeiras ao longo das calçadas. Há restos de folhas em putrefação que servem de abrigo para insetos. Há galhos e pedaços de galhos de árvores que morrem, secam e caem e não são retirados. Há também os dejetos de cães e gatos criados pelos moradores da vizinhança e que não se dignam a recolhê-los.

Preocupa a segurança das pessoas e dos operadores de máquinas de corte de grama os tocos e raízes das árvores, vítimas de poda radical. Tais tocos se sobressaem do terreno, de forma elevada e com quinas cortantes que podem causar quedas, cortes e outras lesões em quem ali caia. Podem quebrar as máquinas que cortam a grama, vez que eventualmente ficam sob o mato levando o operador a não perceber sua presença.

Esses tocos também são encontrados ao longo das vias de alta velocidade. Não são sempre visíveis, entretanto um choque de um veículo a 60 ou 80 quilômetros por hora pode ter consequências irreversíveis.

A propósito, ao longo das vias principais do Distrito Federal, em especial as de ligação entre o Plano Piloto e as Cidades Satélites haviam alamedas ao longo, conforme já comentei, daí sua denominação de Estradas Parque. Quando elas foram cortadas e vendidas para uso em fornos justificou-se que aquilo era feito para melhorar a segurança dos veículos. Cortaram as árvores nos troncos sempre acima do solo e lá deixaram os tocos, que constitui uma ameaça aos veículos.

A política de manejo das áreas verdes pode ser vítima da terceirização dos serviços. Não parece haver pessoal especializado na condução dos serviços de poda, de limpeza ou de manutenção das áreas urbanizadas das quadras. Parece, no caso do manejo arbóreo haver simplesmente o interesse no lucro e pouca preocupação com o ambiente.

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Sobre
Eustáquio Ferreira

Arquiteto pós-graduado em Administração, escritor e blogueiro.

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