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Zika, Dengue e Chikungunya

Quando as notícias sobre os efeitos do vírus da Zika sobre os nascituros se espalharam e os números de casos de microcefalia se multiplicaram o Governo Federal fez uma campanha envolvendo todas as esferas, inclusive as forças armadas, no combate ao mosquito aedes aegypti. Naquele momento parecia que haveria uma cruzada que resultaria na redução dos casos.

O Governo Federal foi às ruas para conclamar a todos a participarem da campanha, e a população respondeu limpando os vasos de plantas, retirando garrafas, pneus, esvaziando piscinas, tampando as caixas d’água etc. A população se envolveu procurou fazer o possível. Mas não foi o suficiente.

Os casos de contaminação se multiplicaram. Apesar de não dispor de estatísticas do conjunto da população, é possível fazer uma amostragem na própria família. Dois filhos adultos, uma neta adolescente e uma neta de seis anos foram acometidos de dengue ou Zica. Os pais, uma irmã e cinco sobrinhos de minha esposa foram vítimas dos vírus.

Tomada como parâmetro o índice de contaminação entre os familiares pode-se dizer que há uma epidemia. Os meus, ainda que contando com atendimento de planos de saúde, tiveram dificuldade de atendimento em decorrência da alta utilização dos equipamentos de exame e da grande procura de atendimento em emergências.

A alta incidência dos vírus recomenda que haja um plano de ação local. Não creio que seja tarde para fazê-lo pois o período das chuvas vai até o início de maio, por mais dois meses. O GDF dispõe de recursos importantes que poderiam atuar no combate ao mosquito.

O Corpo de Bombeiros contava com quase 6 mil integrantes em 2012. A Vigilância Sanitária tem uma vasta experiência no controle epidemiológico. A Defesa Civil atua na adoção das medidas preventivas e mitigadoras da situação de risco.

A Lei Federal 12.608 de 10 de abril de 2012 dispõe em seu artigo 8º, Item IX que compete aos municípios, no caso ao Distrito Federal, “manter a população informada sobre áreas de risco e ocorrência de eventos extremos, bem como de protocolos de prevenção e alerta e sobre as ações emergenciais em circunstancia de desastres”.

Dispõe ainda de grande contingente de trabalhadores encarregados da limpeza de logradouros. A população está mobilizada e pode atuar de forma coordenada com o GDF. Esse trabalho pode reduzir a incidência das doenças, para o bem de todos.

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Sobre
Eustáquio Ferreira

Arquiteto pós-graduado em Administração, escritor e blogueiro.

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