Economia Criativa no DF
Foto: Set de filmagem do filme Brasiliense O Último Cine Drive-in”
O ano começou tenso para a economia criativa. As operadoras de telefonia obtiveram em 4 de fevereiro uma liminar que as desobrigavam de recolher as contribuições para o Fundo Setorial do Audiovisual. Essas contribuições representam R$ 900 milhões para este ano. O não recolhimento arruinaria uma atividade que vem se consolidando a partir da obrigatoriedade de percentual de exibição de conteúdo nacional no canais de cabo.
A decisão do Ministro Lewandowski neste início de março, cassando a citada liminar, fez retornar a obrigatoriedade do recolhimento. Filmes como “A Que Horas Ela Volta” e “O Menino e o Mundo” o primeiro indicado e o segundo que participou da premiação do Oscar e mesmo “O Último Cine Drive-in”, ganhador do prêmio de melhor filme no festival de Punta Del Este e outros 300 longas metragem, foram produzidos em 2014/2015 graças ao recursos do Fundo Setorial de Audiovisual.
A produção de filmes no Brasil, a partir de nossos valores, de referências culturais do país, são fundamentais para a formação das novas gerações. O áudio visual, assim como outras produções culturais dos países ricos vem sendo a séculos difundidos, e mais recentemente de forma massiva, de modo que conhecemos mais os heróis cultuados em outras nações do que aqueles que construíram e forjaram nossa nacionalidade.
Dados do Ministério do Trabalho e Emprego dão conta de que no Distrito Federal 22,6 mil pessoas trabalham na economia criativa, o que corresponde a 1,5% do empregos formais. São trabalhos ligados a música, dança, teatro, cinema, televisão, conteúdo jornalístico, arquitetura, jogos eletrônicos, moda, artesanato, pesquisa cientifica e tecnológica. Essa atividade representa 3,7% da economia do Distrito, movimenta R$ 6,2 bilhões ao ano e congrega 5,7 mil empresas.
Mapeamento da Indústria Criativa no Brasil, publicado em dezembro de 2014 pela Federação da Industria do Estado do Rio de Janeiro, nos mostra que ela cresceu na média 90% entre 2004 e 2013 no Brasil. Neste período o pessoal ocupado teve renda maior que a média, bem como crescimento da renda acima da média do país.
Os construtores de Brasília tiveram cuidados em construir espaços como o Teatro Nacional, o Cine Brasília, a Concha Acústica e outros aos quais se somaram o Polo de Cinema, Casa do Cantador etc. Essa é uma economia que gera empregos e renda.
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