Infraestrutura Urbana
Os cursos d’água do Distrito Federal e do Planalto Central do Brasil, estão sujeitos a aumentos de seu volume de águas repentinamente. Há um cuidado dos guias que atuam na Chapada dos Veadeiros, especialmente no período das chuvas. Aquele poço ou trecho pode estar sem qualquer sinal de chuvas e, de uma hora para outra, chegar uma enxurrada, vinda de área a montante, onde ocorreu um forte precipitação.
O início do ano de 1983 foi marcado para o Núcleo Bandeirante como o período de um forte inundação do Riacho Fundo, que passa por sua área de chácaras. Um número significativo de famílias habitava barracos localizados nas suas margens. Todas elas foram atingidas e foi necessário removê-las, ou para abrigos provisórios em próprios da Administração da Cidade ou para barracos edificadas em invasões e posteriormente incluí-las entre os ocupantes da Candangolândia cujas casas foram construídas a seguir.
A questão do Riacho Fundo foi resolvida com a dragagem de seu leito e a remoção de materiais que assoreavam o canal de escoamento das águas. Até recentemente, mesmo depois de mais de 30 anos não se teve notícia de inundação das margens.
Havia, naquela época, um problema de inundação recorrente entre os blocos 780 e 1220 da 2ª Avenida do Núcleo Bandeirante. Ali há uma depressão natural e as galerias de drenagem de águas pluviais eram insuficientes para escoar as águas das chuvas em quase todas as ocorrências. Foram refeitos os cálculos de dimensionamento das redes e a sua substituição e não ocorreram novas inundações naqueles blocos.
Há décadas vemos se repetir inundações das passagens sob o Eixão Norte, em geral sob os viadutos do eixinho Leste. Há um mês atrás toda a Asa Norte parou pois era impossível passar das quadras 100 para as quadras 200, e vice e versa, pois as tesourinhas ficaram alagadas após uma precipitação de quase 40 milímetros em apenas uma hora. Há uma tendência a dizer que tais inundações decorrem da falta de limpeza das galerias de águas pluviais.
A verdade é que o problema nunca foi atacado de frente. Não é algo tão complexo. Há que definir as áreas de contribuição, aquelas que pela topografia farão as águas se dirigirem para aquele ponto, averiguar a série histórica das precipitações e aí calcular, com uma boa margem de segurança, o dimensionamento das galerias que irão escoar no tempo das precipitações as águas das chuvas. Aí não ocorrerão novas inundações.
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