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Serviços Urbanos e Interesses Privados

A constatação de que os preços de combustíveis variavam para mais e para menos, em todas as redes de postos ao mesmo tempo, teria levado órgãos fiscalizadores a intervirem. Tal intervenção teria redundado na busca de desconstrução de redes que, por serem grandes e deterem um número significativo de postos, definiam os preços finais de venda.

Para reduzir o peso relativo dessas redes foi definido que as mesmas deveriam se desfazer de parte dos postos. Eles deveriam ser alienados de modo que houvesse uma maior dispersão de empresas. Um número maior de empresas donas dos postos dificultaria a constituição de cartéis que, entendia-se, manipulavam os preços no período anterior.

Após este encaminhamento vários postos de combustíveis foram desativados, seus estoques foram removidos. As vendas foram substituídas por reformas por longo tempo. Passadas as reformas os postos foram desativados e a vizinhança deixou de ser atendida.

Os postos de abastecimento de combustíveis tiveram sua distribuição na malha urbana de modo a facilitar o acesso dos consumidores. O Plano Piloto têm, em regra, um posto a cada duas superquadras e postos distribuídos ao longo dos eixos auxiliares. Vias de ligação entre núcleo urbanos tiveram locados postos distribuídos para atender a demanda.

Depois de todo este empenho os preços continuam administrados como no início. Seus valores sobem e descem de forma coordenada. Seus preços são sempre muito acima daqueles praticados nos municípios vizinhos. O cartel estaria funcionando normalmente.

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Sobre
Eustáquio Ferreira

Arquiteto pós-graduado em Administração, escritor e blogueiro.

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