Questão de Solidariedade
Parecia, de início que o Covid-19 era uma questão de outros países. Mesmo com o alerta dos especialistas, alguns insistiam em argumentar que se tratava de um fato localizado em um continente longínquo. Quando viajantes, que tiveram contato com pessoas contaminadas, levando o vírus a seus países, pensou-se que era uma questão dos ricos.
Mesmo países com alto nível de educação, na Europa, deixaram de tomar as medidas que seriam desejáveis, imaginando talvez que ali o vírus não se propagaria. Estamos aprendendo a um alto custo que se trata de uma pandemia, que todos estão vulneráveis.
Mas diante de uma situação nova como esta, algumas medidas se mostram contraditórias. Visando evitar aglomerações, reduziu-se a circulação do transporte coletivo. O que se viu foram pessoas apinhadas nos poucos veículos, aumentando o risco de contágio.
Em comunidades afastadas, pouco dotadas de serviços públicos e com acesso restrito à informação, onde as vias são estreitas, as habitações têm área reduzida, não há serviço de saneamento e tampouco água potável, a vida continua, com as pessoas nas ruas.
As restrições ao funcionamento de atividades urbanas certamente levarão muitas pessoas a perderem seu trabalho. Já existem muitas pessoas em situação de rua. Os governos deveriam formular políticas de amparo a estas pessoas. A fome que advirá de tal situação poderá causar doenças e mortes. É uma questão de solidariedade, neste momento.
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