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Museu de Arte de Brasília: a Lenda da Reforma

Há uns cinco anos passados visitei as obras de reforma e adequação do Museu de Arte de Brasília – MAB. O prédio fora interditado para adequá-lo às necessidades de sua função de abrigar obras, em sua maioria pintura sobre tela, sob o argumento de que não seria seguro. As variações de temperatura devem ser atenuadas, a umidade deve ser controlada.

Quando visitei as obras o cenário era impactante. O terreno em torno e sob o prédio fora todo escavado para dar lugar às instalações de adequação do mesmo para receber o acervo. O prédio faria a captação de águas das chuvas para irrigar os jardins e outros usos.

Segundo registros, as obras em curso já duram mais de 13 anos. Uma obra como aquela, com dois pavimentos mais um subsolo dificilmente demandaria mais que dois anos para ser construída. A demora provavelmente decorre de desinteresse para com a cultura.

Ainda que a elaboração dos projetos de reforma com todas as adequações requeridas como ar condicionado, captação de energia solar, criação de um espaço no subsolo para reserva técnica, restauro e conservação e triagem das obras não se justifica o tempo gasto.

O MAB tem em seu acervo obras que registram a cidade em momentos variados. Ressalto as obras elaboradas por artistas que participaram das Gincanas “Pinte a Cidade Livre” que, durante uma semana, nos anos de 1983 e 1984. Eles pintavam telas que tinham como tema as últimas construções de madeira substituídas à época por prédios definitivos.

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Sobre
Eustáquio Ferreira

Arquiteto pós-graduado em Administração, escritor e blogueiro.

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