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Moradia e Pandemia

Neste final de semana a fiscalização do Governo do Distrito Federal, conforme noticiado, promoveu a derrubada de moradias precárias implantadas em terra pública nas proximidades do Centro Cultural do Banco do Brasil. A remoção foi objeto de indignação, não pela defesa de sua permanência, mas pela inconveniência de deixar famílias desabrigadas em tempos de pandemia.

As famílias de baixa renda, neste momento, enfrentam a falta de emprego e renda, as crianças não vão às escolas, onde receberiam alimentação e o governo não dispõe de um programa que permita apoiar a todas as famílias desabrigadas. Daí a indignação gerada.

No último dia 5 de abril foram entregues 435 habitações populares em São Sebastião, fruto de programa de moradia do Governo Federal. O IBGE nos dá conta de que 26,72% da população do país não tem moradia própria. Esse percentual coincide com os índices do Distrito Federal. Temos uma carência, aproximada, de 200 mil habitações no DF.

A população de menor renda, que não dispõe de emprego formal é a mais atingida pela falta da moradia. Qualquer mudança na relação de trabalho que implique na redução da renda pode levar a perda da moradia por inadimplência nos aluguéis e no despejo.

A construção civil é uma das atividades que continua operando durante a pandemia. Não tem contato com o público em geral e o trabalho não implica em aglomerações. Um programa amplo de construção de moradias geraria emprego e renda para muitos trabalhadores. Os recursos viriam do setor financeiro, sem onerar o caixa do Governo.

Foto: Scarlet Rocha / Midia Ninja

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Sobre
Eustáquio Ferreira

Arquiteto pós-graduado em Administração, escritor e blogueiro.

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