Arborização da W3 e o VLT
Recentemente as obras de implantação do Veículo Leve sobre Trilho (VLT) foram liberadas. As obras dos viadutos no final da W3 Sul, no cruzamento com a Estrada Parque Policia Militar, paradas há dois anos, tem causado sérios transtornos para quem sai do Eixo Rodoviário Sul no sentido Setor Sudoeste, SAI e demais localidades que utilizam a EPTG. Espera-se que agora sejam retomadas.
A implantação da linha dos trens de superfície na W3, passando pelo canteiro central implicará em remodelação da avenida, elaboração de um novo projeto de paisagismo e, em muitos casos na remoção e transplante das árvores ali existentes.
A W3 Sul demanda um projeto totalmente novo. As árvores ali existentes foram vitimas de mutilações sucessivas quando não do corte rés ao chão. Nas quadras 512 e 513 há um largo espaço sem uma única arvore em pé. Restaram os tocos acima das calçadas.
A W3 Norte, que nunca teve estacionamento no canteiro central, conta com maior número de árvores, algumas com décadas. A partir da 512 Norte começam a aparecer um número significativo de Ipês Brancos. Sua presença vai aumentando até que na 515 eles tomam conta do canteiro.
As árvores maiores com troncos e copas avantajadas devem ser preservadas ao máximo. Seria difícil transplantá-las e não seria correto derrubá-las e as substituir por mudas jovens, sem copa. Os ipês brancos por sua raridade por serem árvores jovens devem ser transplantados, em que pese o estudo de Camila Dellanhese Inácio & Sérgio Luiz de Carvalho Leite, “Avaliação de transplantes de árvores em Porto Alegre, Rio Grande do Sul” relatar observações de 2001/2002 onde constataram um baixo índice de sucesso no transplante de ipês.
Percebe-se no brasiliense uma acentuada identificação com suas árvores. É comum ouvir comentários referentes às florações com o passar do ano. Perdemos muitas árvores com as estações do metrô, não devemos perdê-las com o trem de superfície.
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