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Mulheres Entregadoras

A pandemia acentuou o uso dos serviços de entrega domiciliar. Segundo estudos, Sebrae-PR, a entrega, especialmente de comida, tal como o serviço disque pizza, já existia desde 1980. Atualmente, aquilo que ocorria em raras ocasiões passou a ser uma prática corriqueira. Sempre que há um motivo aquele serviço é demandado.

O período agudo da pandemia decorrente da Covid19, impôs o recolhimento devido ao risco de contaminação, com elevado número de mortes em 24 horas, como no dia 07/04/2021 que registrou 4.249 óbitos. As pessoas passaram a evitar o contato direto, aulas foram suspensas e as pessoas passaram a trabalhar, de forma remota, em suas casas.

Mesmo sabendo disso, foi com surpresa que recebi a entrega da comida encomendada no último domingo (25/09), das mãos de uma entregadora mulher. Esta foi a primeira motoqueira a aparecer em casa exercendo aquela função.

Diferentemente dos entregadores masculinos, ela estava vestida com cuidado, roupas limpas e modos refinados. Em rápida conversa constatei que usava um vocabulário amplo e denotava ter formação, escolaridade acima da média daqueles que prestam tal serviço.

Pesquisa recente realizada pelo IPEA constatou que há no Brasil 1,5 milhão de pessoas trabalhando como motoristas e entregadores de aplicativos. Destes, segundo o perfil traçado pelo estudo, mais de 90% são homens. Os entregadores em bicicletas somam 55 mil. Apenas 2,1% alcançaram o ensino superior. A renda média é de R$ 1.500,00.

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Sobre
Eustáquio Ferreira

Arquiteto pós-graduado em Administração, escritor e blogueiro.

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