Besouros e Ouvidos
Ontem, besouros marrom claro, pequenos, de aproximadamente 1 cm invadiram o apartamento. Eles não picam, não trazem doença, mas agarram os cabelos, entram pela roupa, trombam com o nosso rosto e fazem barulho quando voam de encontro às luzes e às paredes. Enfim, atrapalham dormir.
Preferi não matá-los, seu ciclo de vida após saírem da terra é curto. Irão se reproduzir e depois morrer. Seus corpos irão alimentar aves e outros insetos. Assim, antes de dormir retirei do aposento todos aqueles que faziam barulho. Em outros cômodos sobraram vários com os quais não quis me incomodar.
Logo após me deitar, lembrei-me de uma cena de um filme, possivelmente “As Montanhas da Lua”, que descreve a viagem de dois exploradores britânicos que se embrenharam com sua expedição cada vez mais na selva inexplorada da África onde nenhum homem branco havia estado. Foram em busca das nascentes do Rio Nilo. Eles descobriram o Lago Victória, nome dado em homenagem à Rainha Inglesa.
Eles enfrentaram muitos desafios, como a perda dos mantimentos, a fuga dos carregadores e outros infortúnios, mas o que mais me impressionou foi a invasão do acampamento por uma nuvem de besouros, que os atacou durante o sono e que penetrou no ouvido de um dos exploradores, provocando intensa dor e levando-o à perda da audição.
A Secretaria de Estado de Saúde do Distrito Federal informa que de fato há possibilidade de insetos entrarem nos nossos ouvidos, inclusive os pequenos besouros. Neste caso, o melhor é colocar gotas de azeite ou óleo no ouvido para imobilizar ou matar o inseto.
O paciente deve se manter deitado, o ouvido afetado virado para cima. Depois de alguns minutos deve virar a cabeça de modo a escorrer o azeite e com ele o inseto. Caso o inseto não saia, não insira nada no ouvido, procure um médico. Bem, com o início das chuvas os besouros se foram. Poderei dormir tranquilo sem medo de um ataque.
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