Cidades Alagadas e Derrubada de Matas
Temos visto cidades antigas, construídas nas proximidades de córregos e rios, alagadas a ponto de pôr em risco as edificações, suas ruas serem transformadas em corredeiras que levam carros e outros veículos, destroem as pontes, estradas, provocam desmoronamentos de encostas e destroem a vegetação, sejam árvores de porte ou arbustos.
Algumas são cidades centenárias, que até recentemente nunca tinham sofrido tanto com o crescimento do nível dos rios que margeiam. Os períodos chuvosos sempre aumentam o volume das águas, mas os casos recentes transcendem tudo o que se viu antes.
O fenômeno dá a entender que não apenas o volume das águas aumentou como também o leito dos rios tem se mostrado incapaz de dar vasão às águas que, por sua cor escurecida observa-se que está carregada de lama e matéria orgânica.
A resposta parece estar na derrubada de matas e remoção da vegetação que normalmente cobria as terras situadas em altitudes maiores que as das cidades e mais próximas das nascentes dos cursos d’água que as margeiam. As plantações de grãos não deixam qualquer vegetação original e nivelam o terreno para facilitar a circulação das máquinas.
Quando chove e há árvores, as gotas se chocam com as folhas e escorrem pelo tronco até o chão, se infiltrando no solo indo até o lençol freático que abastece os rios e regatos. Onde não há árvores as gotas batem diretamente no solo, em velocidade e escorrem para as partes mais baixas carregando a lama que se forma. Ao chegarem ao curso d’água, se avolumam e se transformam em inundações. Os rios tendem a secar.
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