Cidades do Futuro e os Idosos
A população do mundo está envelhecendo. Os idosos brasileiros experimentam processo semelhante, se não mais agudo. O IBGE constatou que a população com mais de 60 anos no censo de 1940 representava 4,1% da população total brasileira e, em 2010, 10,8%. O aumento, em valores absolutos, foi de 1,7 milhões para 20,6 milhões neste período.
Antes as pessoas morriam cedo. A melhoria nas condições de saneamento, das habitações, os novos medicamentos, o aumento do acesso aos bens essenciais, maior disponibilidade e maior diversificação da alimentação permitiu uma significativa elevação da expectativa de vida em quase todos os países.
Aspecto importante no aumento da população idosa no conjunto geral da população decorre da redução da taxa de fecundidade total, ou seja, o nível de reposição da população brasileira que vem caindo sistematicamente. Essa taxa era de 6,2% em 1960 e caiu para 2,4% no ano 2000.
Está crescendo também a faixa dos mais idosos, a população acima de 80 anos. Essas pessoas têm maior dificuldade de locomoção e de acessibilidade, demandam maiores cuidados médicos e acompanhamento especializado.
Nossas cidades, assim como o campo, estão pouco preparados para o atendimento destas populações. As poucas instituições voltadas para seu atendimento, os “lares de velhinhos”, não contam, em geral, com pessoal especializado ou instalações adequadas às suas necessidades. Estão mais para depósitos de idosos que habitações dotadas dos recursos adequados a seu atendimento.
Haverá, com o aumento da expectativa de vida, maior demanda de recursos financeiros destinados à saúde das pessoas idosas, de pessoal com treinamento específico em cuidados, de médicos geriatras etc. As cidades, assim como têm despertado para a adequação de seus espaços e seus equipamentos às pessoas com deficiência deverão ter o mesmo empenho no atendimento das pessoas idosas.
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