Combate ao Crime
As pesquisas têm mostrado que uma das maiores preocupações da população é com a segurança. Crimes brutais, como o ocorrido recentemente em Brazlândia, onde uma jovem de 15 anos foi assassinada a pedras e facas, mostram a vulnerabilidade das pessoas na vida urbana. Preocupa mais o fato que apesar dos esforços no combate à violência e ao crime, estes não têm mostrado sinais de redução.
Estudo publicado na revista “Scientific American Brasil”, em setembro de 2011, por Franklin E. Zimring mostra que, em Nova York, foi possível reduzir drasticamente o crime. O Artigo analisa as diversas formas de abordagem e de combate ao crime e permite concluir que a maior eficácia não coincide necessariamente com o comumente se acredita ser o mais adequado.
Não houve no período redução da pobreza, das desigualdades sociais ou do desemprego que justificassem os avanços. Tampouco a redução se deu apenas nos bairros mais ricos da cidade, mas também nas periferias onde predominam a diversidade étnica, genética ou socioeconômica.
Obteve-se a redução dos crimes dolosos, culposos, dos latrocínios, dos roubos e dos furtos. Obteve-se também a redução do número de encarcerados e de reincidência nos crimes. O número de homicídios reduziu-se em 80% de 1990 para 2009 e o número de furtos de automóveis foi reduzido em 94%, dados comprovados pelas seguradoras.
Estes resultados fantásticos foram obtidos, segundo o artigo, entre outras medidas, pela presença ostensiva da policia nas ruas e pela concentração de suas ações nos locais de maior ocorrência de crimes. A polícia passou a fazer blitz permanentemente e em especial nos locais de ocorrência de crimes. Não houve no período redução de uso de drogas, nem de prostituição, nem encarceramento excessivo de pessoas. A presença da policia de forma visível e ostensiva parece ter garantido os objetivos esperados. Essa experiência pode nos ensinar muito na redução dos crimes em nossas cidades.
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