Eleições e Habitação
A questão habitacional no Distrito Federal tem característica muito própria, especialmente pelo domínio do solo, distribuição da infraestrutura e dos equipamentos urbanos. Além destes aspectos há que se considerar a taxa de crescimento habitacional, de 2,1826% a.a. que segundo o IBGE é a maior do país, entre as unidades da federação.
Este crescimento, que implica em pouco mais de 66,264 mil habitantes a cada ano, e considerando que a taxa média de ocupação dos domicílios no DF é de 3,29 habitantes, deduz-se que são necessárias 20.141 novas residências por ano para abrigar a todos.
A demanda de moradias não se resolve de forma igual. Havendo oferta de terrenos na área central do DF, o mercado se encarrega de atender à classe média alta. As cidades satélites têm recebido projetos que atendem as outras classes médias. Para as classes D e E somente é possível implementar soluções sob a tutela do governo.
Durante a fase de construção da capital, a oferta de moradia se deu, majoritariamente, pela transferência de invasões que resultou na ocupação das Cidades Satélites. A Vila Amauri foi transferida para o Gama, a Vila Sarah Kubitscheck para Taguatinga, o Morro do Urubu para a Ceilândia, a invasão da 309 Norte para a expansão da QE 38 etc.
O Governo do DF terá que enfrentar esse desafio nos próximos 4 anos. A forma de abrigar essas pessoas pode ser por lote urbanizado, casas, apartamentos etc. Contudo, devem ser evitadas as invasões, que não reservam espaços para equipamentos públicos.
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