Energia, Segurança e Gestão
O elevador parou repentinamente, moveu-se quase nada e parou em definitivo. A iluminação interna apagou-se. Instintivamente procurei o sistema de emergência, que tem como fonte energética baterias, mas não estava funcionando. Minha companhia de descida começou a entrar em pânico. Procurei acalmá-la, nosso objetivo era sair dali.
Durante vinte minutos batemos na porta do elevador esperando que fôssemos ouvidos e que alguém viesse nos tirar dali. Ninguém veio. Enfrentavam o apagão, longe talvez e não nos ouviram. De repente a energia voltou, o elevador se moveu e pudemos sair.
Soubemos, que o apagão, resultante de incêndio na subestação rebaixadora localizada próxima ao Shopping ID havia explodido e que 17 mil imóveis ficaram sem energia: hospitais, clinicas, shoppings, comércio, prédios residenciais. Alguns das 9 às 13 horas.
O fato não é raro em se tratando da CEB. Em 15/11/2012 a subestação do Ministério dos Esportes explodiu e matou um funcionário da empresa. Em 7/11/2015 foi em Brazlândia, em 28/06/2016 foi aquela ao lado da garage do Senado, 01/05/2018 no SAS e em 29/05/2019 explodiu a situada entre o Shopping ID e o Estádio Nacional.
Estas subestações custam milhões. Elas são dotadas de sistemas de segurança que as desligam em caso de sobrecarga. Aliás, a imprensa deu conta de que esta última apresentava sinais de fadiga nas horas de pico. As vias, os prédios, as pontes demandam manutenção. Custa caro recuperar e a tensão gerada pelos acidentes geram insegurança.
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