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Enxurradas e Alagamentos

As chuvas vinham ocorrendo de modo esparso, uma tanto aqui outro ali. A primeira chuva, que se deu na entrada da primavera, foi fraquinha, uns pinguinhos aqui outros ali. Muitas previsões não cumpridas e uma expectativa postergada a cada semana. Cada precipitação criava a certeza de que a partir dali as chuvas iam se firmar.

Neste quadro, em que a umidade relativa do ar teimava em se manter baixa, aqueles eventos não foram suficientes para fazer enxurrada, lavar o solo, e tornar verde os gramados. A folhas secas caídas durante a seca teimavam sobre os gramados também secos. A paisagem ainda era predominantemente vermelha, cor do solo e das folhas.

O temporal da madrugada de 8 de novembro não só derrubou galhos, arvores, frutos, especialmente das mangueiras, pôs abaixo as últimas folhas secas e flores que ainda teimavam nas árvores. Derrubou e os carreou nas enxurradas, levando tudo aquilo que permanecia no solo para as galerias de águas pluviais.

Vale lembrar que anos atrás ocorreram mortes sob viadutos alagados na Ceilândia. Aqueles foram casos extremos, mas não são raros os casos de perdas financeiras por parte dos donos de veículos automotores em áreas alagadas por chuvas.

É prudente fazer uma limpeza em todos os bueiros situados a jusante das áreas que estavam cobertas de folhas secas e outros materiais com potencial para obstruir as galerias. A limpeza feita por antecipação evita a ocorrência de prejuízos.

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Sobre
Eustáquio Ferreira

Arquiteto pós-graduado em Administração, escritor e blogueiro.

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