Faculdades e Planejamento Urbano
O número de faculdades cresce no Distrito Federal. Isso fez com que ocupássemos a vanguarda nacional em percentual da população com formação superior. O Distrito Federal, conforme o censo realizado pelo IBGE em 2010, contava com 17,4% da população com idade acima de 10 anos com formação superior. Em segundo lugar vinha São Paulo com 11,6%. A média brasileira era de 8,3%.
Ainda segundo o IBGE, o percentual de graduados cresceu 146% nos últimos 10 anos. Isso é explicado pela expansão do número de matriculas e do aumento da quantidade de faculdades. A UnB tinha no ano 2000 17.123 estudantes. Hoje tem 30.157. Há 20 anos contávamos com 6 instituições particulares, hoje funcionam 83.
A maior concentração de escolas superiores está localizada no Plano Piloto. A maioria nas quadras 700/900 das Asas Norte e Sul. A segunda maior concentração está em Taguatinga. As demais se distribuem pelas demais cidades.
Essa distribuição concorre para a utilização de veiculo de uso individual. As pessoas trabalham e depois vão à faculdade que está em outro local, fora do eixo de transportes coletivos. Quando saem das faculdades já é tarde e a frequência dos ônibus está reduzida aumentando o tempo de viagem.
Quem mora perto de uma faculdade sabe da dificuldade de convivência entre as residências lindeiras e os estabelecimentos de ensino. Os alunos ocupam todas as vagas próximas, aumentam o fluxo de veículos nas vias de acesso às escolas dificultando o acesso às residências e o estacionamento dos veículos dos moradores.
O aumento do número de faculdades é bom para todos. Uma cidade com boa formação produz mais e melhor. Para tanto cabe ao governo oferecer áreas onde elas possam funcionar de forma harmônica com as demais atividades. O ideal seria oferecer espaços junto aos eixos de transporte coletivo. Assim as faculdades seriam mais acessíveis e os alunos poderiam dispensar o veiculo individual.
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