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Limitação do Acesso à Internet

A internet entrou em nossas vidas há pouco mais de vinte anos. Seu acesso era lento e dependia de uma linha telefônica. Era a época do acesso discado. O conteúdo era limitado, existiam poucos sites com informações e os serviços de busca com bancos de dados limitados. As redes não eram de todo integradas.

Os computadores da época também deixavam a desejar. Pouca velocidade, capacidade limitadas de armazenamento de dados. Os aplicativos ainda incipientes. Mas com tudo isso os computadores e a internet vieram para ficar, seja para o trabalho, estudo ou lazer. Hoje, internet e computadores são indispensáveis em todas as atividades cotidianas.

Os aparelhos portáteis permitem telefonar, enviar mensagens, acessar informações, gerenciar contas bancárias, fazer pagamentos etc. Estima-se que haja mais aparelhos portáteis no Brasil que habitantes, o que mostra sua importância na vida moderna.

Pois bem, as operadoras de telecomunicações viram nesta dependência a oportunidade de aumentar a cobrança pelos serviços estabelecendo a cobrança na forma de franquia. Cada um teria que contratar os serviços em pacotes. Uma vez consumido aquele pacote o serviço seria interrompido até que o usuário adquirisse outra cota de serviços.

Os usuários estimaram que bastariam alguns filmes e a banda de 30 gigabytes seria esgotada. A gritaria foi grande e a Anatel resolveu que as operadoras ficariam proibidas de limitar o acesso de banda larga fixa por tempo indeterminado.

As operadoras vêm, com a conivência da Anatel, vendendo pacotes casados para escritórios, acesso internet e telefonia fixa, e para residências os pacotes implicam na aquisição de telefonia fixa, de pouco uso, acesso à internet e acesso à TV a cabo.

O custo do pacote básico para residência dificilmente custa menos que uma cesta básica de alimentos e pode chegar a quase R$ 1 mil com peso significativo para a economia familiar. Somando-se a estes custos os decorrentes da troca dos aparelhos portáteis de rápida obsolescência vemos que os custos com comunicação representam muito.

Os serviços de comunicação e banda larga não podem ser vistos como um conforto ou luxo. Passaram a ser serviços essenciais ao estilo de vida moderna. O Ministério das Comunicações e a Anatel devem coibir as tentativas da operadoras de maximizar seus ganhos em detrimento da economia popular, até porque os custos dos serviços de comunicações de dados no Brasil não são mais baratos que em outros países.

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Sobre
Eustáquio Ferreira

Arquiteto pós-graduado em Administração, escritor e blogueiro.

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