Lixo e Energia
A destinação final do lixo é um dos assuntos que sofreram descontinuidade com a débâcle dos últimos governos no Distrito Federal. Vivemos a vergonha de manter por décadas um lixão a céu aberto sob o eufemismo de “aterro controlado”. Conforme informado no Portal do SLU somente 19,50 % do lixo coletado é enviado às duas estações de tratamento. Foram anos e anos de sucateamento de um serviço vinculado á manutenção da saúde e respeito ao meio-ambiente.
O governo, durante este período, foi noticiado mais pelos escândalos nas contratações da coleta que pelo aprofundamento de propostas para o encaminhamento da questão de modo exemplar e modelar como deveria se dar na capital da república.
A questão da coleta e disposição final dos resíduos sólidos comporta vários aspectos e soluções. A começar pela coleta. A população está sensível ao problema e quer participar de seu encaminhamento. Há vários condomínios que fazem, por sua iniciativa, a coleta seletiva. Na Asa Norte, 60% dos moradores fazem a seleção dos resíduos secos de modo a facilitar o trabalho dos que catam os materiais recicláveis. Pena que o serviço de coleta misture tudo nos caminhões e os lance no lixão.
Os resíduos passíveis de reciclagem poderiam ser recolhidos em separado e levados para centrais de seleção de modo a aumentar a eficiência do serviço, melhorar a renda dos trabalhadores envolvidos com sua coleta e reduzir o impacto no meio-ambiente. Há ainda a questão do lixo que não será reciclado ou que não será objeto de compostagem. É o caso do lixo hospitalar e outros de difícil manejo ou com risco potencial a saúde ou ao meio ambiente cuja destinação indicada é a incineração.
Neste caso a nova tecnologia indicada é a usina de plasma que queima os rejeitos e produz energia elétrica. O problema não comporta postergações. O lixão está esgotado e há recomendações no sentido de encerrar as atividades naquele local e de proceder sua recuperação. Este é um assunto que não pode ser postergado.
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