Mudança do Clima Impõe Medidas
Os desastres ocorrido nos últimos tempos, nas cidades e no campo, em decorrência das chuvas, com desabamentos, desmoronamentos, alagamentos e soterramentos pareciam decorrência de falta de atenção às medidas de prevenção. Esses desastres se sucederam em anos seguidos e em locais mais diversos. Países de ocupação antiga e estabilizada sofreram com chuvas que provocaram grandes perdas materiais e humanas.
A televisão mostrou, entre tantas imagens, a de uma família indiana sendo arrastada pelas águas para a morte, em função do alagamento de um rio. A estrada por onde deveriam cruzar o rio estava sem condições de uso, restando a eles a travessia a pé. As águas subiram de repente enquanto passavam sobre as pedras.
Não há divulgação de aumento das chuvas. O que parece estar ocorrendo é a concentração e ampliação da força das precipitações das águas em curtos períodos de tempo. O que antes era raro, as trombas d’água, agora parece corriqueiro.
A nova situação exigirá novas medidas diante dos fatos concretos: evitar, no campo, a remoção da cobertura vegetal, natural ou não, das encostas com declividade acentuada ou em terrenos sujeitos a erosão ou queda de barreira; nos altos das elevações, morros ou espigões e nas margens dos cursos d’água.
Promover a remoção de entulhos e proceder a dragagem dos pontos de retenção das águas especialmente onde ocorrem alagamentos e evitar a construção de moradias e de locais de trabalho nas áreas que tenham sido alagadas anteriormente, são outras medidas providenciais. Ainda, implantar terraços, em curvas de nível, nas bacias de contribuição dos cursos d’água sujeitos a alagamentos.
São também necessários: desobstruir, nas cidades, os cursos d’água, das galerias de coleta das águas de superfície; implantar novas galerias, além de redimensionar as existentes de modo a garantir o escoamento das águas e reter as águas das chuvas, em cisternas, para uso, reduzindo o volume de águas a escoar nas galerias e cursos d’água.
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