Noni e outras Plantas Exóticas

Em uma área próxima a blocos de apartamentos havia uma concentração de árvores e arbustos frutíferos. A variedade de formas, cores e matizes, bem como a conformação das espécies chamava a atenção e denotava a atenção da vizinhança para com as frutas. As folhas largas, de verde forte e os frutos do noni destacavam aquela fruteira.

Morinda citrofolia linn é o nome cientifico do noni. Seus frutos, que ocorrem durante todo o ano no Brasil, têm o formato e coloração que lembram a atemoia e a fruta do conde. A fruteira é uma árvore de médio porte, originária da Polinésia.

São atribuídas inúmeras qualidades nutritivas e terapêuticas ao noni. Alta concentração de Vitamina C, polifenóis com forte potencial antibiótico e anti-inflamatório, carboidratos e proteínas, Betacaroteno e vitamina A, minerais como cálcio, magnésio, potássio, ferro e fósforo bem como vitaminas B1, B2, B3, B5, B6, C, E e ácido fólico.

O noni é consumido na forma de sucos, mas não está autorizado a ser comercializado no Brasil. Pesa sobre ele a ocorrência de danos ao fígado de várias pessoas. Estudo realizado por Staldbauer et al. (2005) aponta dois casos de hepatotoxidade resultantes do uso continuado de noni. Num deles, a pessoa foi submetida a transplante de fígado.

Lembro, mais uma vez que Lucio Costa, em seu Relatório do Plano Piloto de Brasília propugnava que a arborização das quadras se desse por arvores frutíferas. Entendo ser interessante que os moradores as plantem, mas que o façam com plantas seguras.