O Cinema Aquecerá Economia
O poeta e gestor cultural, Reinaldo Jardim, vislumbrou a possibilidade de Brasília se tornar um centro de produção de cinema. Na década de 80, com o apoio do governo da época, patrocinou a produção de seis documentários por cineastas da cidade e em 1993, foi inaugurado o Polo de Cinema e Vídeo de Sobradinho.
A falta de políticas consistentes levou esta iniciativa ao abandono. A produção local de audiovisual passou a depender dos esforços dos realizadores que, com recursos próprios ou oriundos de editais de apoio à cultura, produziram relevante filmografia que elevou Brasília à categoria de terceiro polo de produção, atrás apenas de Rio de Janeiro e de São Paulo.
A Lei 12.485/2011, que dispõe sobre a comunicação audiovisual de acesso condicionado poderá impulsionar significativamente esta atividade. A Lei prevê que 30% dos recursos que advirão do Fundo Setorial de Audiovisual, correspondente a R$ 200 milhões deverão ser aplicados no Norte, Nordeste e Centro-Oeste do país.
A Lei prevê ainda, que parte da programação da TV por assinatura deverá ser produzida obrigatoriamente no Brasil e de forma regionalizada. Considerando-se os índices de geração de emprego para o setor, esses recursos deverão promover a criação de mais de 10 mil empregos diretos.
É fundamental que o Governo local crie as condições para dar suporte a esta indústria que promete fortalecer a nossa economia e promover a afirmação de nossa cultura. É necessário o fomento para a preparação de produtores, atores, músicos, diretores de arte, cenógrafos, fotógrafos e iluminadores, entre outros profissionais da área e para as empresas de fornecimento de serviços e de equipamentos.
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