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O trânsito e o computador

Um amigo propôs que as nossas reuniões de trabalho fossem feitas via computador, utilizando os recursos de teleconferência da WEB. Ele argumentou que com o trânsito dificultado perde-se muito tempo no deslocamento de um lugar para outro e a jornada de trabalho fica reduzida e a produtividade conseqüentemente prejudicada.

O Governo Federal Digitalizado

O Governo Federal já introduziu há algum tempo a prática de digitalizar os processos em todos os seus passos, admitindo a inclusão de documentos produzidos via scanner e autenticados pelo servidor a partir de sua assinatura digital. As análises, que antes eram feitas pelo manuseio daqueles calhamaços empoeirados de papel, agora são realizadas pela avaliação dos documentos enviados pela internet, economizando tempo e recursos de todas as partes.

O Judiciário e a Lei 11.419

O poder judiciário a partir de 2006, com o advento da Lei 11.419, de 19 de dezembro de 2006, que dispõe sobre a informatização do processo judicial, passou a utilizar o meio digital. Isso economiza tempo de tramitação e de movimentação de documentos. Permite o acesso remoto aos documentos e despachos nos processos, evita deslocamentos e visitas ao fórum. Enfim, economiza tempo e recursos dos envolvidos nas questões em apreciação pelo judiciário.

Ainda que assim seja hoje, as pessoas continuam indo e vindo aos locais de trabalho com despesas de deslocamento, congestionamento das vias e desgaste emocional, além do dispêndio de tempo que poderia ser utilizado para atividades mais prazerosas ou mais produtivas. É verdade que algumas atividades não foram ainda automatizadas ou são mais bem desempenhadas por pessoas e estas somente poderão desenvolvê-las em locais determinados.

Transito Desafogado

O trânsito seria desafogado se os servidores públicos responsáveis pela avaliação de processos e pela elaboração de relatórios pudessem desempenhar suas atividades fora dos prédios públicos. É bem verdade que a interação e a troca de experiências entre aqueles servidores são fundamentais para a formação de entendimento sobre os diversos assuntos tratados, daí porque a metade dos servidores poderia se deslocar em um expediente para a sede da repartição e o outro expediente seria preenchido pela outra metade. No tempo restante eles receberiam tarefas especificas a serem desenvolvidas fora das repartições. Os servidores poderiam trabalhar em suas residências ou em parques ou em qualquer lugar onde seus computadores portáteis fossem conectados à rede governamental.

A cidade ficaria mais agradável, os custos de deslocamentos seriam menores, a poluição seria reduzida. Uma forma mais econômica, em melhor consonância com o meio ambiente e coetânea com o desenvolvimento digital.

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Sobre
Eustáquio Ferreira

Arquiteto pós-graduado em Administração, escritor e blogueiro.

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