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Planejamento e Justiça Social

A recente discussão sobre o passe estudantil abre uma oportunidade para avaliar a questão humanitária, a justiça social e o anseio da sociedade por dias melhores para todos os cidadãos, entendendo-se que somente com a capacitação, com boa educação de todos, indistintamente, poderemos almejar o desenvolvimento sócio econômico do país.

Brasília nasceu de um projeto urbanístico inovador. O monumental inerente a uma capital, com serviços por ela demandados e o local com as unidades de vizinhança onde os moradores teriam à mão todos os serviços, especialmente a escola, de forma que todos os aspectos que compõem as atividades urbanas estariam contemplados.

O acompanhamento do crescimento da cidade, com o devido planejamento das novas ocupações se manteve até o final dos anos 80. A partir daí planejamento e fiscalização foram paulatinamente extintos e as novas áreas foram objeto de ocupações irregulares.

A falta de vagas nas escolas junto às moradias dos estudantes faz com que crianças e jovens se desloquem para obter uma matrícula. Escolas da Asa Norte ou Sul atendem crianças de Samambaia, as do Lago Norte atendem Varjão e assim por diante. Os alunos de faculdades estudam onde obtêm vagas, nem sempre próximos de suas residências.

As famílias que buscam a escola pública são as de menor renda. Impor a estas famílias que arquem com o transporte escolar é uma forma de tributo sobre aqueles que têm menos. A cobrança do passe pode levar muitos estudantes a ficarem fora das escolas.

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Sobre
Eustáquio Ferreira

Arquiteto pós-graduado em Administração, escritor e blogueiro.

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