Plasma para Tratamento de Lixo
O plasma como tecnologia para o tratamento de lixo em escala de uma cidade é recente. A primeira usina de plasma, localizada na cidade de Utashinai em Hokkaido (Japão), foi projetada para gaseificar resíduos urbano e industrial. Foi construída em 2002 e está em operação desde 2003. A segunda usina atende duas cidades, Mihama e Mikata (Japão), e foi construída para gaseificar resíduo sólido urbano e lodo de esgoto. Está em funcionamento desde 2002.
Na usina de plasma os resíduos são tratados em uma câmara onde maçaricos de plasma os levam a temperaturas acima de 6 mil graus centígrados. Esta é a temperatura da superfície do sol.
Nesta temperatura, o lixo não tem a mínima chance. As moléculas se quebram em um processo chamado de dissociação molecular. Quando as moléculas são expostas a uma energia intensa (como o calor gerado pelo maçarico de plasma), as ligações covalentes que as unem são excitadas e se quebram. Com o cianeto, por exemplo, produz-se átomos de carbono e nitrogênio.
Um maçarico de plasma contém um eletrodo carregado com energia elétrica. À sua volta é injetado um gás sob pressão, no caso o argônio. È induzido um campo magnético. O resultado é uma chama de plasma, chamado por alguns de quarto estado da matéria. O plasma é um gás ionizado.
A vantagem de utilização do plasma é que ele trata definitivamente os resíduos orgânicos do lixo, do lodo, de esgoto, do lixo hospitalar e químico. As moléculas são quebradas e são transformadas em gazes que irão gerar energia. Os lixo metálico e outros são transformados em escória, onde os metais leves e outros materiais perigosos se tornam inertes. Retirado o material reciclável o Distrito Federal precisaria de uma usina com capacidade de processar mil tonelada por dia, o dobro daquela que funciona em Utashinai (Japão) e que tem geração liquida de 4,3 MWh de energia elétrica.
2 Comentários