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Serviço de Táxi e Novas Tecnologias

Foto: www.germanpulse.com / Taxis bloqueiam trânsito em protesto contra Uber na alemanha.

O surgimento dos novos serviços de táxi e de outras modalidades de transporte personalizado de passageiros exacerbou os ânimos dos taxistas profissionais, aqueles que usam placa vermelha, cobram conforme aferido pelo taxímetro e de acordo com valores autorizados por órgão regulador do Governo do Distrito Federal. A licença de operação desses taxistas é obtida em licitações onde os critérios de escolha incluem experiência, carteira profissional com autorização para transporte de passageiros etc.

Esses taxistas ficavam tradicionalmente em pontos de táxi localizados junto a aeroportos, a shoppings, a terminais rodoviários, a hotéis, nas entradas de quadras e outros locais de aglomeração de pessoas como locais de shows e outros.

Os serviços de comunicação sempre geraram atritos com esses profissionais. Os primeiros embates se deram há duas décadas quando surgiram os serviços de rádio táxi, que cobravam mensalidades dos taxistas, mas prometiam acesso aos clientes sem precisar ter um ponto. Prometiam mais corridas e renda durante a jornada de trabalho.

A briga com o rádio táxi durou até que os interesses dos detentores das licenças foram acomodados. Eles perceberam que poderiam alugar os táxis e obter boa renda. Como a legislação local não permite empresas desses serviços, pessoas compram as licenças em contratos ocultos, de gaveta. Alguns têm até 50 táxis que alugam, cada um deles a R$ 200 ao dia, ganhando verdadeiras fortunas. Uma licença de táxi valeria R$ 50 mil no mercado paralelo, vez que não poderiam ser comercializados. Daí a briga pelo mercado.

Agora surgiu o Uber, um serviço via aplicativo no aparelho celular. O Uber diz não cobrar do motorista, não exige que tenha licença de táxi, apenas que seja proprietário do veículo e que faça um seguro de R$ 50 mil para os passageiros. Os preços são menores que os cobrados pelos táxis licenciados. Os ganhos do Uber estariam no contratos corporativos e no uso de serviços de pagamento via celular.

A Câmara Legislativa aprovou projeto de lei que proíbe o Uber no Distrito Federal. O projeto depende de sanção do Governador. Entretanto, há um novo serviço similar, criado pelo Google e que está em teste em Tel Aviv e que logo estará disponível em todo o mundo. Além disso há os carros de transporte executivo com ou sem motorista. A modernização chegou ao serviço de táxi e creio ser inevitável. Cabe ao governo e ao parlamento mediar os conflitos no interesse dos profissionais e da população em geral.

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Sobre
Eustáquio Ferreira

Arquiteto pós-graduado em Administração, escritor e blogueiro.

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