Serviço de Táxi não Atende População
Os serviços de táxi estão cada vez mais escassos. Os pontos de quadra, de locais de menor movimento ou que geram percursos curtos permanecem vazios. Os serviços de táxi por rádio alegam que haverá espera porque todos os veículos estão ocupados.
A explicação está no número reduzido de veículos licenciados. As últimas permissões foram emitidas em 1974. Foram licitadas, naquela época, 3.500 permissões. Nem todos estão rodando. Censo realizado há pouco tempo encontrou pouco mais de 3.300 táxis licenciados. Cumpre notar que em 1974, quando se realizou a última licitação, o Distrito Federal tinha menos de um milhão de habitantes e hoje tem quase três vezes esta população.
O Governo do Distrito Federal vem, assim como ocorreu em 2010, tentando licitar novas permissões. Fala-se em 600 novas licenças, o que ainda seria pouco, levaria a relação de um táxi para cada 650 habitantes aproximadamente. A Cidade do Rio de Janeiro tem um táxi para cada 192 habitantes.
A questão não é unânime entre os profissionais do volante. Os antigos permissionários não querem nem ouvir falar em novas permissões. Em verdade reivindicam aumento de tarifa. A tarifa do quilômetro rodado e a da bandeirada no Distrito Federal não são as menores do país. Os antigos profissionais entendem que em vez de novas permissões o governo deveria acabar com o desconto nas tarifas oferecido por algumas empresas.
Muitos profissionais alugam carros para poderem trabalhar. Um veículo emplacado para o serviço de táxi custa em média dois mil e quinhentos reais por mês. Esses condutores esperam poder obter uma permissão na prometida licitação.
A Copa do Mundo de 2014 trará, por certo, número significativo de pessoas para o Distrito Federal. Estas pessoas necessitarão dos serviços de táxi e estes já não atendem a população hoje. A licitação de novas permissões corrigirá a defasagem na oferta dos serviços atuais e evitará o colapso dos mesmos durante a Copa.
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