Táxi e Violência
Ela chegara há pouco na parada de ônibus. Estava próxima ao local dos veículos da linha que a levaria até próximo de sua moradia. Logo após sua chegada percebeu que uma mulher se aproximara, falando nervosamente, um tanto acima do tom normal. Alegando pressa, a mulher lhe pediu para chamar um Uber:
– O ônibus está demorando muito, tenho que chegar logo a minha casa. Você poderia chamar o Uber para mim?
Ela respondeu que não poderia pois o telefone não tinha créditos.
– Mas eu posso instalar o aplicativo em seu telefone, disse, se prontificando.
A mulher virou-se e se afastou em busca de outra pessoa que se dispusesse.
Os relatos de violência contra passageiros e motoristas de aplicativos são recorrentes. São assaltos, roubos estupros e assassinatos de usuários e condutores relatados em reportagens em vários estados no Brasil e mesmo no Estados Unidos da América, país de origem daqueles aplicativos.
A Polícia Civil do DF publicou em novembro de 2019 que naquele ano o número de vítimas de roubo com restrição da liberdade ou sequestro relâmpago teria aumentado de 22 casos no ano 2017 para 71 apenas nos primeiros seis meses. O número de mortes de motoristas no Brasil é de 16. O modo de cadastramento de motoristas e passageiros permitiria a fraude e facilitaria os casos de violência. Seu uso impõe cautela.
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